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Tal como os animais,
a minha forma de falar sempre foi através do sentir.
Sentir desde o observar e contemplar, de escrever e fotografar.
Cito o mestre Alberto Caeiro, pois ele consegue dizer aquilo que traduz a minha vida. Sabem quando se sentem tão espantados, maravilhados e até assombrados pelo mundo – a vida, a existência e os seres – que não existem palavras que o possam ilustrar? Desde criança que me sinto assim. E os animais acompanham-me neste delicioso silêncio do sentir.
Assim foi com a comunicação interespécies, só que não lhe dava um nome,
em vez disso, apenas deixava fluir o que havia para ser dito.

Entre confissões, olhares, sentires e silêncios demorosos,
assim conversava com qualquer animal que viesse a conhecer.
Hoje, continuo a desejar que todos possamos regressar à nossa criança interior, àquele que dentro de nós, nunca perdeu a vigília e a atenção;
a escuta e a coerência, o respeito e a empatia, o amor e a dedicação aos animais, aos rios, às árvores e a tudo o que tem uma alma e um espírito –
a tudo o que vive e que por isso, comunica.

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Eu não sei falar porque estou a sentir
~ Alberto Caeiro

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Como tantas outras histórias de tantos de nós,
a minha vida mudou depois de ter recebido uma assombrosa notícia.
Através do processo do medo, da dor e do desamparo, colhi todo o ânimo que pude para fazer desse incidente um ensinamento e uma oportunidade de mudar o curso da vida. Tracei caminho rumo à Terapia Holística Animal onde conheci a maravilhosa professora e amiga Olga Porqueras com quem relembrei e me formei em
Comunicação Interespécies e Essências Florais para Animais e Humanos e com quem estou de momento a formar-me em Doula da Alma Animal - acompanhamento nos últimos momentos do animal e da família humana. Conheci também a incrível professora e amiga Maike Bosselmann
com quem aprendi 
Energy Healing - Terapia à Distância
e
 com quem estou, actualmente, a tirar a formação em
Shiatsu para Animais com base em Medicina Tradicional Chinesa. 
Entre belíssimos professores, está a minha família e todos aqueles que desde sempre me animam a seguir a Via do Coração.
E obviamente, os sublimes mestres:
os Animais, a Natureza e a Consciência do Ser.

 

“Quando há uma grande decepção, não sabemos se é o fim da história. Pode ser apenas o começo de uma grande aventura.”
~ Pema Chödrön

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A meu lado caminha a artesã de tudo isto, a minha companheira Enante.
Quem me encoraja a tecer e a entrelaçar os sinais improváveis de um destino bonito e curioso. Quem me recorda da minha animalidade e por isso me torna mais humana. Quem eu amo e me ensina a olhar para os outros como olho para ela. Juntas entre-Somos e aspiramos animar todos os seres a desfrutarem da delicadeza selvagem que desde sempre habita em nós.

 

Assim nasce a ANIMA.

Um abraço animal,

Oriana Borges

Anima
do latim “sopro, ar, brisa” mas também “criatura, vida, alma

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Em culto ao Selvagem
Dedico a vida que me foi dada,
Para que possamos sempre relembrar
O que nos torna próximos.

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